quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dani Alves

Olá, queridos!

        Acho que todo mundo já está de saco cheio de comer banana, de ver o Dani Alver comendo a dita-cuja e de falar quão racistas são os espanhóis. Ah é ? Também acho. Concordo. Já perdi a conta das vezes que ouvi: "mas como você é brasileira se você é branca?" E por aí vai. Mas não menos que os brasileiros com a ressalva que os espanhóis são diretos e assumidos; e o racismo brasileiro, dissimulado. E ambos estão errados!

       Hoje o jornal "Público" fez uma pesquisa e 86, 4% declarou que a Espanha era um país racista. Pergunte isso a um brasileiro - branco. óbvio - e ele vai dizer que não é racista e que inclusive tem amigos negros. Faça a mesma pergunta a um brasileiro negro e ele vai responder um sonoro sim.

        Sinto muito, Daniel Alves, eu não sou macaco e você também não. Ao invés de ter comido a banana você deveria tê-la entregue ao bandeirinha ou a tirado de campo. Simples assim. Comendo a banana você só reforçou o insulto do imbecil que a jogou. Não insulte o país que te dá emprego e o time que te faz conhecido. O Brasil se vende também como país de primeiro mundo, oras.

www.rumoamadrid.com.br


   

domingo, 27 de abril de 2014

Achados e perdidos

Olá, queridos!

          Domingão de primavera partiu Parque do Retiro. Mas estava batendo um ventinho. Sabe aquela brisa que faz a mamãe falar: "leva um casaquinho, meu filho". Bem, colocamos a manta do pimpolho e um casaco, embolados, em cima do carrinho e fomos felizes. Ficamos ali, tomamos café, colocamos o filhote para ensaiar uns passos na grama e voltamos. Decidimos fazer um caminho diferente e reparei: cadê o meu casaco comprado na liquidação? E o pior: onde está a manta amarela, segundo presente do pimpolho, quando nem sabíamos o sexo? Voltamos ou não voltamos? Alguém deve ter pegado, com esta crise, ninguém vai ter respeito pelo alheio, ainda por cima  se tratando de peças praticamente novas.

         Depois de hesitarmos resolvi voltar e fiz todo caminho de volta. Deus sabe o quanto andamos hoje! Perguntei no quiosque onde tomamos café, no lugar onde havíamos sentado, refiz exatamente o caminho de volta. Nada. Pobre do meu casaco, oportunidade imperdível! Pobre da mantinha que aqueceu nosso filho todo o inverno e foi presente da tia postiça muito querida. Claro que ao mesmo tempo me repreendia, dizia para mim que deveria ser menos materialista, onde já se viu fazer um escândalo por essas coisas? Um casaco se compra, a manta estará sem uso dentro de alguns meses. Menos, minha filha, menos.

           Mas eis que de repente, nos dez metros finais, na hora de atravessar a última avenida que me deixaria a três quarteirões de casa vi o casaco e a manta debaixo da árvore, como se estivessem esperando pelo dono. Quase dei um grito! Nem acreditei! Fiquei tão feliz que nem olhei para o lado para ver se a alma caridosa que fez esta boa ação ainda estava por ali. Devíamos ter ficado umas duas horas no parque, mais uns quarenta minutos procurando os objetos ou seja, tempo o suficiente para que alguém pudesse ter pego aquelas roupas. Mas não! Fiquei com vergonha de ter pensado mal das pessoas. A humanidade ainda tem jeito, minha gente!

www.rumoamadrid.com.br

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia 23 de abril, dia do Livro na Espanha

Olá, queridos!

 
   Dia 23 é um dia movimentado nessas terras. Vejamos:

        - dia do nascimento de Cervantes, portanto da entrega do prêmio de mesmo nome. Esse ano a premiada foi a mexicana Elena  Poniatowska.
       - dia do livro e Madri promove a Noite dos Livros com descontos e palestras em todas as livrarias da cidade (oba!).
       - dia de São Jorge e assim, feriado em Barcelona e demais cidade onde o santo guerreiro é padroeiro.
   
           Ufa! como hoje é um dia profundamente literato vou fazer uma listinha dos autores espanhóis que descobri aqui e que desejo levar para toda minha vida.
           La Mano de Fátima, de Ildefonso Falcones - um romance histórico daqueles que os espanhóis amam ambientado em Granada e Córdoba do séc. 16. Conta a história de mouro que vive entre o mundo cristão e o muçulmano.
           La sonrisa etrusca, de Jose Luis Sampedro - este se passa na Itália, mas foi escrito pelo espanhol Sampedro. A história de um senhor do sul da Itália, doente de câncer, na casa do filho que mora no norte deste país com a mulher e o filho.
           Todo lo que podríamos haber sido tú y yo si no fuéramos tú y yo, de Albert Espinosa - o título é longo e a história, rocambolesca. Daquelas imprevisíveis e que giram a cada momento.

          E deixo aqui o mais genial deles. Pude ler todos seus livros graças à generosidade uma aluna que me emprestou todas as suas obras. Trata-se do autor Eduardo Mendonza que transita entre a ficção científica, teatro, o romance policial, o histórico e epistolar. Tudo isso com um toque de comédia que me fez passar vergonha no metrô mais de uma ocasião por rir sozinha. Alguns títulos dele são "Sin noticias de Gurb", "Riña de Gatos", "El misterio de la cripta embrujada" ou " El asombroso viaje de Pomponio Flato". Aproveitem!

Para mais informações: www.rumoamadrid.com.br

     

   

     


domingo, 20 de abril de 2014

Tamborrada - música e tradição em Madri

Olá, queridos!


Hoje, domingo de Páscua, assistimos à "tamborrada", uma tradição aqui em Madri. Na verdade, o costume vem de Zaragoza, onde se anuncia a Ressurreição de Cristo com muito batuque. Imagina juntar gente tocando ardorosamente tambor e bumbos de forma ritmada em plena Plaza Mayor ? Pois isto é uma tamborrada, espetáculo oferecido pela Confraria do Descimento da Cruz e Lágrimas de Nossa Senhora de Zaragoza junto a Real e Ilustre Congreção de Nossa Senhora da Solidão e Desamparo. ,

Para quem vem de um país onde a percussão está associada ao candomblé e ao samba, se chega a estranhar como o tambor poderia estar ligado a um ritual cristão. Mas não é que combina ? Confiram o vídeo e perdoem as eventuais falhas de filmagem. No mais, feliz Páscoa! 

sábado, 19 de abril de 2014

Essa tal de arte contemporânea

Olá, queridos!

   
Duas amigas vieram a Madri e foram bater perna. Visitaram o parque do Retiro e conheceram o Palácio de Cristal. No final do dia, quando nos encontramos, perguntei pelo itnierário e elas estavam maravilhadas com o lugar. Perguntei:

       - E aí ? Gostaram da exposição ?

      - Que exposição?

      - A do Palácio de Cristal. Ele faz parte do museu Reina Sofia e sempre tem alguma obra lá.

      - Ai! Estávamos tão cansadas que nem vimos nada. Sentamos nas cadeiras de balanço e descansamos um pouco...

     - Mas as cadeiras de balanço é que eram a exposição...

     
Nós três caímos na gargalhada! Mas instalações contemporâneas são assim. A proposta é tão vanguardista que a gente custa diferenciar o que é arte e o que é um simples objeto que nos proporciona descanso. No mais, trata-se da instalação da artista Dominique Gonzalez-Foerster, chamada "Grande Hotel". Através de cadeiras de balanço, livros e um gramofone, a autora nos leva à época dos grandes hotéis, ao repouso e nos faz refletir justamente sobre a o tempo (e a falta dele) na nossa sociedade contemporânea. E quer saber ? Acho que minhas amigas entenderam a intenção da artista corretamente!

www.rumoamadrid.com.br

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Palavras

Olá, queridos!

        Vários problemas forma resolvidos com a Internet e seus suportes para quem mora longe. As distâncias se encurtaram e falar com a família e amigos nunca foi tão fácil. Igualmente é possível manter-se atualizado com o idioma e mesmo acompanhar o cenário artístico e político. Assim, não corremos o risco de ficar falando gírias do tempo do onça (essa é antiga, hein?) e saber de todas as fofocas nacionais (mas essas eu preferia dispensar).

      Com as redes sociais, a gente percebe os novos artistas e expressões que vão surgindo. Por exemplo, alguns termos que se inventa na linguagem do dia a dia e que se tornam impossíveis de explicar para um espanhol. Como ensinar o que significa a expressão "meio que": "estou meio que cansado" , "ela meio que falou comigo","a gente meio que combinou de sair". Todas essas expressões revelam sempre essa eterna incerteza que o brasileiro tem. Aliás, nunca temos certeza de nada, sempre "achamos" tudo, certo?

     Outra que é imbatível é "a coisa é que": "a coisa é que ele falou que ia chegar atrasado", "a coisa é que tenho que ir ao mercado". Em espanhol também se diz muito "el tema es que.." com o mesmo valor semântico. Já pensou uma frase "a coisa é que acho que estou meio cansada". Pobre tradutor ou professor de idioma.

      No mais, os idiomas são assim: se apropriam de palavras estrangeiras e são enriquecidos por modismos. Até mesmo palavras esquecidas ou consideradas antigas são recuperadas para desespero daqueles que pensam que um língua é algo estático e se empobrece com o tempo. Para estes só posso desejar que, ao menos, não guardem recalque.

         

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Páscoa

Olá, queridos!

   
  No quesito alimentação, a Páscoa na Espanha é igual ao Brasil. Come-se bacalhau na sexta-feira Santa, mas cordeiro no domingo. Aliás, carne desse bicho pode ser encontrada em qualquer mercado e é uma delícia. Nem preciso dizer que o preço do peixe está nas alturas e os vendedores capricham para atrair a clientela.







E tal como no Brasil, não há decoração pelas casas, nem no comércio. Nada de coelhinho da Páscoa, ovos de chocolate e coisas do gênero No entanto, uma farmácia em Madri resolveu decorar sua vitrine de maneira bem original e ao mesmo tempo, espanhola. Com frascos e caixas de remédios, uma pessoa criativa reproduziu uma típica procissão da Semana Santa da Espanha. Nota 10!

www.rumoamadrid.com.br

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Monumento a Campoamor

Olá, queridos!

       
Domingão de sol, hora de espantar a preguiça e se aventurar por outros caminhos no parque do Retiro. Descobrimos muita coisa. Primeiro, um autêntico madronho. A árvore-símbolo de Madri está muito bem representada no parque. eu que não havia reparado ainda. Antes tarde do que nunca e só faltou o urso para fazer a composição.






Mais à frente, o belo grupo escultórico em homenagem ao poeta de Astúrias Ramón de Campoamor, realizada pelo artista Lorenzo Coullat-Valera e inaugurada em 1914. Sentado, Campoamor está acompanhado de três figuras femininas que representam as distintas fases da vida. Rodeando o poeta estão imagens que simbolizam alguns dos seus poemas como "Quien supiera escribir" que narra as desventuras de uma jovem analfabeta que recorre ao padre e ao reitor para se comunicar com seus queridos.

www.rumoamadrid.com.br

sábado, 12 de abril de 2014

Ah! A primavera...

Olá, queridos!

 
Não tem jeito. Quem mora neste hemisfério tem razões de sobra para comemorar a chegada do calor. Há flores, sol na medida certa, mesas na calçada e menos roupas por aí...Espero que as temperaturas se mantenham assim e que não chova tanto. A primeira foto é da porta da igreja Anglicana e acho que esta trepadeira só floresce na primaver. Alguém saberia dizer o nome dela ?

www.rumoamadrid.com.br

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Páscoa na Espanha

Olá, queridos!

          Texto meu sobre a Páscoa no blog "Brasileiras pelo Mundo". É só clicar na imagem:


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Somos todas Adelir

Olá, queridos!

     Parece que o Brasil finalmente acordou para o problema das cesáreas. Tivemos que esperar um documentário, "O Renascimento do Parto" e o caso de Adelir, gestante obrigada a fazer a cirurgia, para encarar a questão. Tenho acompanhado as notícias e sei que várias manifestações foram programadas para protestar contra a decisão judicial, reinvindicar melhores condições na hora de parir e chamar atenção da sociedade para a violência obstetrícia. Aqui em Madri também vai ter. Afinal somos todas Adelir!
www.rumoamadrid.com.br
   

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Caetano Veloso em Madri

Caetano Veloso vem no visitar em maio. O ingresso mais barato sai por mais de 30 euros, snif!

terça-feira, 1 de abril de 2014

É brincadeira!

Olá, queridos!

     Acho que todo mundo hoje faz uma brincadeirinha ou outra com os amigos. Aqui na Espanha, no entanto, a data passa em branco. No dia 26 de dezembro, dia dos Inocentes - aquelas crianças que foram mortas por Pilatos - sim é o dia de pregar uma peça. Há, inclusive, programas de televisão que fazem "brincadeirinhas" nada inocentes às celebridades do momento. Sinistro!

www.rumoamadrid.com.br