sexta-feira, 18 de abril de 2014

Palavras

Olá, queridos!

        Vários problemas forma resolvidos com a Internet e seus suportes para quem mora longe. As distâncias se encurtaram e falar com a família e amigos nunca foi tão fácil. Igualmente é possível manter-se atualizado com o idioma e mesmo acompanhar o cenário artístico e político. Assim, não corremos o risco de ficar falando gírias do tempo do onça (essa é antiga, hein?) e saber de todas as fofocas nacionais (mas essas eu preferia dispensar).

      Com as redes sociais, a gente percebe os novos artistas e expressões que vão surgindo. Por exemplo, alguns termos que se inventa na linguagem do dia a dia e que se tornam impossíveis de explicar para um espanhol. Como ensinar o que significa a expressão "meio que": "estou meio que cansado" , "ela meio que falou comigo","a gente meio que combinou de sair". Todas essas expressões revelam sempre essa eterna incerteza que o brasileiro tem. Aliás, nunca temos certeza de nada, sempre "achamos" tudo, certo?

     Outra que é imbatível é "a coisa é que": "a coisa é que ele falou que ia chegar atrasado", "a coisa é que tenho que ir ao mercado". Em espanhol também se diz muito "el tema es que.." com o mesmo valor semântico. Já pensou uma frase "a coisa é que acho que estou meio cansada". Pobre tradutor ou professor de idioma.

      No mais, os idiomas são assim: se apropriam de palavras estrangeiras e são enriquecidos por modismos. Até mesmo palavras esquecidas ou consideradas antigas são recuperadas para desespero daqueles que pensam que um língua é algo estático e se empobrece com o tempo. Para estes só posso desejar que, ao menos, não guardem recalque.

         

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