sexta-feira, 27 de junho de 2014

Creche em Madri

Olá, queridos!

         
 O pimpolho completou um ano e agora entrei na fase creche. E como funciona isto por aqui ? Vamos lá. O sistema de educação espanhol, a respeito da financiação, se divide em três: pública, privada e "concertada". Tá, os dois primeiros ok, mas e esse concerto aí ? "Concertada" seria traduzido por subvencionada. A escola ou creche é privada, mas o governo paga um tanto e os pais outro.

           Como tudo aqui funciona pelo sistema paroquial - tudo tem que ser perto da sua casa - tínhamos opção de nos inscrever em uma pública e em outra concertada. A pública era mais longe e a última mais perto. Quanto à qualidade creio que as duas são iguais. Podem se candidatar qualquer casal, mãe ou tutor, independente de sua condição financeira ou situação familiar. Os critérios de desempate são proximidade com o trabalho, família numerosa (igual ou mais de três filhos), atenção especial, irmãos que já estão matriculados, etc. Mas o principal é que os pais trabalhem fora e justifiquem que não terão como cuidar da criança naquele período de tempo.

         
 Para se inscrever na creche pública é moleza. Basta preencher os dados e autorizar que os funcionários tenham acesso a sua renda e dados trabalhistas; cópias da identidade e estamos conversados. Mas na concertada você tem que levar tudo e mais um pouco. Vou poupar vocês das minhas agruras e digamos que o Todo-Poderoso há de se lembrar de tudo que passei e abreviar minha estadia no purgatório.

            Feito isso, é esperar e rezar. Ainda bem que o processo é rápido. Em dez dias saiu o resultado e o pimpolho foi contemplado com uma vaga na creche subvencionada. Quanto à pública não tivemos sorte e nossa candidatura foi rejeitada. Lembrando que na Espanha o sistema público de educação é pago e cada um contribui conforme sua renda. Claro que as escolas/creches/faculdades privadas são infinitamente mais caras que as públicas ou subvencionadas. Comparemos: uma creche particular sai de 300 a 500 euros; enquanto numa pública ou concertada se paga de 80 a 260 euros. As grandes empresas costumam dar uma ajuda ao funcionário e o governo disponibiliza algumas bolsas para alimentação e material. Agora com a crise muitas dessas ajudas foram cortadas o que tem deixado várias crianças em situação de risco. Uma pena!

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